Entenda o que é Autismo: Transtorno do Espectro Autismo – TEA

Confira nesse artigo uma explicação detalhada sobre o que é autismo e seus sintomas, graus, tipos, além de dicas que podem ajudar uma pessoa autista. Confira!

O que é Autismo? E quais são os Tipos?

O autismo, também conhecido por seu nome técnico oficial, Transtorno do espectro do autismo (TEA), é uma condição de saúde que se caracteriza pelo déficit na comunicação social, seja ela verbal ou não verbal, bem como os comportamentos de interesse restrito, de hiperfoco ou de movimentos repetitivos.

Não existe apenas um, mas vários subtipos do transtorno.

É tão abrangente que utiliza-se o termo “espectro” pelos vários níveis de auxílio que os autistas necessitam.

Principais Tipos de Autismo

O significado de autismo é bastante amplo e, por isso, não consegue alcançar todas as circunstâncias que o transtorno traz.

Assim, é essencial compreender quais são os tipos de autismo, bem como suas especificações e diferenciações.

Autismo leve Síndrome de Asperger

Considerado como um dos tipos mais leves de autismo, pode ocorrer com mais frequência nos meninos do que nas meninas.

Em geral, quem é portador da Síndrome de Asperger apresenta uma inteligência muito superior à média e, por isso, é conhecido também como “autismo de alto funcionamento”.

A diferença do portador da Síndrome de Asperger para o autista clássico é que ele não apresenta atraso na linguagem e nem prejuízos significativos.

Em geral, a pessoa terá as habilidades verbais excepcionais, porém com dificuldades com símbolos e interações sociais, além do comportamento obsessivo em determinados interesses.

Saiba que, quando não tratado e diagnosticado na infância, o indivíduo tem muito mais chances de desenvolver depressão, bem como ansiedade quando adulto.

Transtorno Invasivo do Desenvolvimento

Trata-se de um tipo de autismo um pouco mais grave do que o Asperger.

Os sintomas variam bastante, dependendo muito de cada caso.

Contudo, alguns sinais são “clássicos”, podendo aparecer em vários pacientes, como a dificuldades de interação social, capacidade linguística superior ao do transtorno autista, mas inferior ao Asperger e com menos comportamentos repetitivos.

Transtorno Autista

Autismo

O transtorno autista é o que traz os sintomas mais graves e, geralmente, seu diagnóstico é realizado logo na infância.

A sua capacidade cognitiva, assim como a linguística e o social é muito afetada, pois o indivíduo apresenta muitos comportamentos repetitivos.

Em geral, o diagnóstico desta condição ocorre por volta dos 3 anos, onde a criança pode apresentar os sinais clássicos de falta de contato com os olhos quando fala, os constantes comportamentos repetitivos, como bater ou então balançar as mãos, além da linguagem atrasada e da dificuldade de realizar pedidos usando de linguagem.

Quais os Sintomas de Autismo em diferentes fases da vida do Indivíduo?

Os sintomas mais comuns de autismo são:

  • Pouco ou nenhum contato visual
  • Dificuldade de expressar suas ideias e sentimentos
  • Aborrecimento que ocorrem com mudanças de sua rotina
  • Comportamentos repetitivos
  • Demonstração de um maior interesse em objetos do que em pessoas
  • Uma maior sensibilidade a sons, luzes, cheiros ou contato
  • Não responder ao próprio nome quando chamado
  • Dificuldades na comunicação.

Sintomas de Autismo em Bebês

Alguns dos principais sintomas de autismo em bebês podem ser notados pelos pais a partir dos 12 meses de idade.

Não reagir aos sons ou não emitir nenhum som, bem como a ausência de expressões faciais por parte da criança, recusar abraços ou beijos, falta de uma resposta ao ser chamado e ter movimentos repetitivos.

Sintomas de Autismo em Crianças

Autista

Os sintomas de autismo, em uma criança, podem incluir desde a dificuldade da interação social, comunicação e alterações comportamentais.

Lembrando que os sinais de autismo podem ser diferentes nas meninas.

Sintomas de Altismo em Adultos

Por vezes, os sintomas e os sinais passam desapercebidos durante a infância ou adolescência e são identificados apenas na idade adulta, quando as responsabilidades referentes ao trabalho e independência aumentam. 

Os principais sintomas e sinais de autismo em adultos são:

  • Dificuldades de fazer amigos, optando por ficar sozinho
  • Evitar o contato visual
  • Ficar bem mais ansioso durante as interações sociais e ser mais rude, sincero e desinteressado com as outras pessoas
  • Depressão e ansiedade
  • Atenta-se melhor a pequenos detalhes, como cheiros, sons ou padrões ou ficar incomodado se alguém chegar muito perto ou tocar.

Autismo é Doença?

Como já tratamos anteriormente, o autismo faz parte do que chamamos de Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Ou seja, autismo não é uma doença e não diz respeito à saúde física do indivíduo.

O autismo afeta a comunicação e a interação social de um indivíduo.

Quais são os Graus de Autismo?

Confira abaixo os graus de autismo e uma breve explicação a respeito.

Autismo de 1º grau

O indivíduo consegue se comunicar sem apoio de terceiros, mas nota-se uma dificuldade de iniciar as interações sociais, um interesse reduzido pelas interações, respostas atípicas a aberturas sociais e frustradas tentativas de fazer amigos.

Autismo de 2º grau

Nesse caso, o indivíduo precisa de um suporte, pois apresenta uma maior dificuldade tanto em sua comunicação verbal quanto na não verbal, além de déficits aparentes na interação social.

Autismo de 3º grau

A necessidade de apoio é fundamental, pois quase não tem habilidade de comunicar-se, apresentando fala incompreensível, de poucas palavras e com respostas sociais mínimas.

O que Causa o Autismo?

Criança TEA

Já foram realizadas diversas pesquisas para se descobrir as causas que levam uma pessoa a ser autista, mas ainda não existe uma resposta definitiva sobre o que vem a causar o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). 

O TEA ocorre, na grande maioria dos casos, devido a fatores genéticos, bem como fatores ambientais. 

Cada criança autista é única, assim como as causas que levam ao desenvolvimento do TEA são únicas.

O que Pode Ajudar no Autismo?

Confira abaixo algumas maneiras de ajudar autistas.

Alimentação

A alimentação está ligada, de forma direta, ao tratamento do autismo.

Sim, a ciência nutricional (nutrigenômica) comprova, cada vez mais, o benefício de bons hábitos alimentares no desenvolvimento cerebral, equilibrando desta maneira as funções neurológicas que evidenciam esse transtorno.

Mas, então, como a alimentação pode ajudar nos casos de autismo?

Os cuidados com a ingestão de nutrientes, especialmente para os autistas, são de fundamental importância.

Isso porque certos ajustes alimentares deverão favorecer, em conjunto com os comportamentos, na sociabilidade da criança, prevenindo e/ou amenizando as crises.

Manter uma alimentação equilibrada e adequada para autistas pode proporcionar uma melhora do convívio do autista com a família e amigos, além de melhorar o foco, a concentração e a atenção.

Além disso, possibilita um maior controle de crises de raiva e reações de pânico a lugares estranhos, bem como melhora a comunicação e o contato visual.

Brinquedos Sensoriais para Autistas

São brinquedos criados para estimular os sentidos das crianças, além de proporcionar o desenvolvimento da criatividade, curiosidade e da coordenação motora fina.

Esses brinquedos sensoriais são capazes de gerar autonomia, melhorar a comunicação e a noção espacial, dando à criança um maior repertório de ideias e de habilidades.

Saiba que hoje, com o auxílio da internet, você dispõe de acesso a uma grande quantidade de atividades e ideias, que podem ajudar seus filhos no desenvolvimento de habilidades.

Use todas essas informações a favor da sua criança com TEA.

Musicoterapia

A musicoterapia é uma intervenção que está baseada em evidências científicas.

Usando a música e seus componentes, como a melodia, harmonia e o ritmo, consegue atender às necessidades físicas, emocionais, cognitivas e sociais de pessoas com autismo.

Esse tratamento terapêutico vem ganhando força e sendo cada vez mais reconhecido ao longo do tempo como uma forma de estratégia de intervenção para crianças com transtornos do desenvolvimento, incluindo o autismo.

Isso acontece porque essa terapia ajuda a melhorar a qualidade de vida desses indivíduos, os comportamentos sociais, o aumento do foco e da atenção.

Além disso, contribui com a comunicação, vocalização, verbalização, gestos e vocabulário.

Reduz também a ansiedade e melhora a consciência corporal e a coordenação, mostrando-se um método eficaz e com efeitos profundos na melhoria dessas habilidades em crianças com autismo.

Óleos essenciais

Inserir óleos essenciais na rotina de uma criança autista, além de ser uma atividade terapêutica, pode se tornar também algo lúdico para ela, além de ser relaxante e estimulante.

No caso, escolha um ou, no máximo, quatro óleos essenciais, de acordo com as necessidades e defina a forma de usá-los, de acordo com a rotina da criança.

Para que o tratamento se torne eficiente, é necessário que o uso dos óleos essenciais seja diário.

Alguns resultados já poderão ser notados nos primeiros momentos de sua utilização, mas para que ocorra resultados duradouros, será necessário manter o tratamento por dois ou três meses.

Os óleos essenciais podem ser usados em massagens, inalação no banho, no aromatizador de ambiente ou durante os preparativos para dormir.

Um bom exemplo para se criar uma rotina na utilização de óleos essenciais com a criança autista é a de começar logo pela manhã, com um belo banho morno para relaxar.

Durante o dia, pingue uma gotinha no difusor do óleo essencial de vetiver, que ajuda a equilibrar o sistema nervoso.

E, antes da criança ir dormir, coloque também no difusor de ambiente do quarto dela quatro gotinhas do óleo essencial de lemongrass, pois também auxilia no relaxamento, dando uma sensação de acolhimento, sendo um dos óleos essenciais para crianças com autismo mais adorados pelas mamães, pois auxilia muito nas situações de desconfiança, como por exemplo na adaptação à escola.

Existe o óleo essencial de lavanda, que é considerado por muitos pais como um dos melhores óleos essenciais para autismo.

Tendo a lavanda um poder incomparável de redução do estresse e de levar a criança a sensação de aconchego e também de relaxamento.

Suas propriedades de lavanda atuam ajudando a acalmar estados conturbados, além de atuar também nos conflitos emocionais, de maneira delicada, mas eficaz.

Colete, Roupas, Lençóis de Compressão e Cobertor Pesado

Tanto os coletes, como as roupas de compressão conseguem trazer alívio para os autistas, pois pressionam uniforme e suavemente, dando uma sensação de segurança.

Já os lençóis ajudam a acalmar um autista, porque promovem uma pressão suave, capaz de tranquilizar e auxiliar no sono.

Por isso, consideram como lençóis de abraço, pois auxiliam as crianças autistas com distúrbios sensoriais a se sentirem mais protegidas e seguras.

O cobertor pesado é outra forma de acalmar crianças autistas.

Análise Comportamental AplicadaABA

Aba Análise Comportamental Aplicada Autismo

Trata-se da Análise Comportamental Aplicada ou Applied Behavior Analysis, cuja sigla aplicada é ABA.

É uma ciência em que as intervenções procedem dos princípios do comportamento e possuem como objetivo o de aprimorar os comportamentos socialmente relevantes.

Em outras palavras, ensinar a criança habilidades que façam diferença em sua vida, para que sejam capazes de acessar itens, atividades e ambientes que promovam o seu bem-estar e que as façam se tornarem independentes e capazes de participarem em grupos sociais.

Quando é Comemorado o dia do Autismo?

No dia 02 de Abril de 2007, foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) o Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

Esta data foi assim escolhida com o objetivo de levar informação à população, bem como para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Conclusão

Pai com filho autista

Certa vez, alguém disse que as crianças autistas são como as aves, tão diferentes em seus voos, porém todas iguais em seu direito de voar.

Portanto, é importante compreender o que é ser uma criança autista.

Saber que ela possui limitações e não as compreende, mas que não deixa de ser uma criança, merecedora de carinho, respeito e, principalmente, de amor.

Os pais precisam compreender o que muitas vezes não é comunicado pelos seus filhos.

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